Blog Clara Nunes: outubro 2012

29 outubro 2012

Homenagem em Natal - RN






A cantora potiguar Valéria Oliveira apresenta o show 'Em Águas Claras', em uma rica homenagem à mineira Clara Nunes (1942-1983), tida como uma das maiores intérpretes da música brasileira. A apresentação ocorre nesta quinta-feira, 1º de novembro de 2012, no Teatro Riachuelo, com participação especial de Monarco, Guaracy 7 Cordas, Serginho do Cavaco e Marquinhos e David do Pandeiro, todos integrant
es da Velha da Guarda da Portela.

O espetáculo mergulha no rico universo da música popular brasileira, desbravando o sertão, saudando os orixás, cantando histórias de pescadores ou, simplesmente, falando de amor. Assim, Valéria se permite explorar, reconhecer, relembrar e fazer emergir, por meio da música, um Brasil profundo, o Brasil mestiço de Clara Nunes.

Com o show, Valéria Oliveira também abre a oportunidade para o público participar do processo de escolha do repertório do novo CD, que será lançado no primeiro semestre de 2013. Clássicos como “Tristeza pé no chão” (Armando Fernandes), “Canto das três raças” (Mauro Duarte/Paulo César Pinheiro), “Você passa eu acho graça” (Ataulpho Alves/Carlos Imperial), “Conto de areia” (Romildo/Toninho), “O mar serenou” (Candeia) e “Juízo final” (Nelson Cavaquinho/Élcio Soares) compõem os momentos de maior interação da intérprete com o público durante o show.

Um time de bambas natalenses acompanha Valéria Oliveira: Jubileu Filho (baixo/trompete/vocal), responsável também pela direção musical; Alexandre Moreira (violão de 7 cordas e bandolim); Cacá Veloso (violão de 6 cordas); Raphael (cavaquinho); Rogério Pitomba (bateria); Déo do pandeiro (pandeiros e vocal); Aloysio Pisão (percussão); Kelliney (percussão e vocal); Ângela Castro, Tiquinha Rodrigues e Alexandre Piter (vocais). Dentre os músicos potiguares, uma novidade é a participação especial do respeitado sanfonista Zé Hilton.

Serviço:
Show 'Em Águas Claras', com Valéria Oliveira e banda
Participações especiais: Monarco e Integrantes da Velha Guarda da Portela
Quando: quinta-feira, 1º de novembro, às 21h
Onde: Teatro Riachuelo (Midway Mall)
Ingressos: Bilheteria do teatro
Preços: Frisas e Balcão Nobre - R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia entrada)
Plateia A/B e Camarotes - R$ 90 (inteira) e R$ 45 (meia entrada)
* Apresente a última conta de energia paga (COSERN) e ganhe 50% de desconto em até 02 ingressos (valor inteiro), por cliente, em qualquer setor do Teatro. É obrigatória a apresentação de documento de identidade.
Informações: 84 4008-3700
Realização: Opus Promoções e Green Point



Teatro Riachuelo, é só entrar em contato:

Fone/Fax: (84) 4008.3700
E-mail: contato@teatroriachuelo.com.br
Av. Bernardo Vieira, 3775 - 3° Piso
Natal - RN - CEP 59.051-000




 — em Teatro Riachuelo.

26 outubro 2012

Aline Calixto canta Clara!


Com jeito mineiro e algum sotaque carioca, Aline Calixto chama atenção entre os nomes da nova geração do samba. Nascida no Rio, a cantora escolheu Minas Gerais para morar quando foi estudar Geografia em Viçosa. Hoje, adotou Belo Horizonte, assim como outro carioca de voz mansa, Milton Nascimento. Depois do CD homônimo de estreia, com arranjo de Jota Moraes, que lhe rendeu o prêmio de Novo Bambas do Velho Samba e duas indicações ao Prêmio da Música Brasileira, Aline lança em junho "Flor morena", já com vários singles online.


Embalada pelo som dos bambas do samba, que lhe dedicam muitos elogios, Aline Calixto chama atenção entre os nomes da nova geração do gênero. Vencedora do prêmio Novos Bambas do Velho Samba, em 2008, da tradicional casa Carioca da Gema, em 2010 Aline alçou voos ainda mais ousados. Foi indicada em duas categorias - Melhor Cantora de Samba e Melhor Cantora - Voto Popular - na 21ª edição do prestigioso Prêmio da Música Brasileira.


O samba corre nas veias. "Desde a infância sempre ouvi muita música, principalmente com meu pai. Paulinho da Viola, Roberto Carlos, Dorival Caymmi, Maria Bethânia, Cartola, Tim Maia, Gonzaguinha...", lembra, acrescentando vozes femininas ao coral, como as de Clara Nunes e Elis Regina, além de cravar em Maria Bethânia uma admiração especial.

24 outubro 2012

Um ser de luz- peça teatral em Niterói


  1. “UM SER DE LUZ - TRIBUTO À CLARA NUNES”
    Texto de Cazé Neto e Roberta de Recife

    RELEASE
    Sábado dia 03 de novembro subirá ao palco do Centro Cultural Abrigo dos Bondes - Espaço Antônio Callado o Espetáculo musical “UM SER DE LUZ - TRIBUTO À CLARA NUNES”.
    Neste espetáculo, contamos a trajetória musical de um dos maiores mitos da música brasileira, Clara Nunes, como numa conversa livre de bar grandes...
    nomes da MPB e do cenário artístico nacional que tiveram grande influência na vida artística de Clara, entram em cena como os “narradores” de sua trajetória de luta. Desde seu início de carreira até o seu último sucesso!
    Através das músicas executadas durante o espetáculo e interpretação dos atores, os fãs e público fiéis, poderão matar a saudade da inesquecível Clara Nunes. Um espetáculo que levará ao palco a beleza e a genialidade da voz, carisma e sedução de Clara Nunes.

    A Cia. Procópio Ferreira, que vem desde 1924 trabalhando junto a memoria Cultural Brasileira vem nesta produção mostrar a força desta cantora mineira, um dos maiores nomes da música nacional, reaproximando não só uma legião de fãs, mas o público de uma forma geral, valorizando o que é nosso, A MÚSICA E A CRENÇA BRASILEIRA.

    Em cena Roberta de Recife mostra seu talento como cantora e atriz interpretando Clara Nunes, Ricardo Lopes estará dando vida a dois monstros sagrados Ataulfo Alves e Paulinho da Viola, Amigos de clara de sempre, Também em cena Santi Pasinato dando vida ao Velho Guerreiro e ao Imortal Paulo Gracindo e vivendo o grande amor de Clara, Paulo Cesar, o Ator e Musico Marcio Bragança. Um elenco de 1ª grandeza e a Direção de João Procópio Neto e Cazé Neto em um trabalho que não deixará nenhum espectador de lábios serrados, coração imune e cabeça em silencio.
    O grande público aproveitará para se deleitar com as mais belas e imemoráveis músicas apresentadas durante as quase duas horas de espetáculo.

     Centro Cultural Abrigo dos Bondes - Espaço Antônio Callado 
     Rua Marquês de Paraná, 100, esquina com a Rua Marechal Deodoro Centro/
     Niterói 
     Sextas e Sábados de Novembro 
     19hs.

22 outubro 2012

Revista Rollng Stone


AS 100 MAIORES VOZES DA MÚSICA BRASILEIRA











Por Paulinho da Viola


"Clara Nunes sempre foi uma pessoa muito generosa. Era muito simpática com todo mundo, tinha carisma e luz. Nunca a vi enfurecida, aborrecida ou cobrando algo de alguém. Ela sempre se preocupava com os colegas e fazia questão de falar sobre os compositores que ela gravava e gostava. Clara era uma cantora que a gente ouvia e sabia imediatamente quem era. Tinha uma voz muito bonita e foi muito importante para o samba e para a música brasileira."

16 outubro 2012

Em São Paulo Virginia Rosa canta "Clara"


Virgínia Rosa canta Clara

Virgínia Rosa canta Clara

De 5 a 28 de outubro, Virgínia Rosa estará em cartaz com o espetáculo “Virgínia Rosa canta Clara” no Teatro Cleyde Yáconis, em São Paulo. Fã de Clara Nunes, a artista interpreta canções famosas, como: “Canto das Três Raças” (de Paulo César Pinheiro e Mauro Duarte), “Ai Quem Me Dera” (de Vinicius de Moraes) e “O Mar Serenou” (de Candeia).
Compre agora mesmo as suas passagens !
Virgínia Rosa canta Clara
Data: 5 a 28 de outubro
Dias: Sextas (21h30), Sábados (21h) e Domingos (18h)
Duração: 80 minutos
Classificação indicativa: livre
Local: Teatro Cleyde Yáconis - Centro Empresarial do Aço – CEA - Av. do Café, 277 - P1 - Vila Guarani - São Paulo/SP
Para saber mais, acesse o site 

11 outubro 2012

12 de Outubro : dia da Padroeira do Brasil!



A espiritualista Clara Nunes tinha em Nossa Senhora de Aparecida sua  devoção maior.
Veja como surgiu a letra de "Portela na Avenida":

"Um dia, Clara me fez uma encomenda. Queria gravar um samba que falasse sobre a Portela, sua escola do coração.

Era de praxe, os compositores homenagearem sua escola do coração, amiúde. Para serem aceitos na ala tinham que exaltá-la ao menos uma vez. Cantavam na quadra formalizando sua entrada. Todos já haviam feito o seu, da Velha Guarda aos mais jovens. Ela já havia solicitado a todos e nenhum samba novo se apresentava. Argumentei que depois de "Foi Um Rio Que Passou em minha Vida", de Paulinho da Viola, realmente era uma tarefa de difícil execução. A melodia era magistral e, praticamente, definitivos seus versos. ninguém se atrevia a arriscar. Fora lançado em 1970. Dez anos, portanto, sem outro nos mesmos moldes. E eu era verde e rosa, criado em São Cristóvão, com parte da infância entre o Pedregulho e o pé do morro de Mangueira e a adolescência na subida do Paraíso do Tuiuti. Ela insistiu, achando que eu não fugiria do desafio. E o Mauro [Duarte], também azul e branco, seria o parceiro ideal para a empreitada. Como a uma mulher não se nega um pedido de coração, topei a parada.

Conversei com o Bolacha e ele se empolgou. Dias depois me trouxe uma idéia musical muito boa. Somente um pedaço, mas já dava pra pensar em algo.Aí é que eu vi onde me metera. Tinha de ser à altura do anterior famoso. Sendo menor, seria apenas mais um e não valeria a pena. O nó estava dado e meu trabalho era desfazê-lo. O tempo foi passando, e nada do que vinha me agradava. Rasguei muito papel, rabisquei muita bobagem e não conseguia o estalo. Andava de um lado pro outro da casa, ia na janela, na varanda, no portão, e a luz da inspiração não acendia. Prestes a desistir, resoilvi deixar por conta dos deuses da Música o desfecho do encargo a que me atribuí. Não sendo dessa feita, tento no ano seguinte. E relaxei o espírito combalido.

Na outra manhã fui tomar uma brisa na sacada. De lá, perdido em divagações, imerso em meus pensamentos pus-me a observar o cantinho de Clara. Era uma mesa de fazenda antiga encostada na parede da sala. Sobre ela uma toalha de renda branca e um grande oratório aberto. Em torno dele as imagens dos orixás espalhados e, dentro, os santos católicos. No centro, em destaque, uma escultura em madeira de Nossa Senhora da Aparecida, a Padroeira do Brasil. Encimando a pequena igrejinha, pregada na parede, cinzelada em bronze fino, a pomba do Espírito Santo de asas abertas. Um arrepio me percorreu o corpo. Os olhos cintilaram. A mente abriu. Estava ali, na minha cara, o que eu buscava tanto. Era só misturar o sagrado e o profano como faz o povo intuitivamente, em suas manifestações folclóricas. O manto azul e branco da  santa era a massa compacta dos integrantes da Escola entrando na avenida. A procissão do samba num cântico de fé pra festa do Divino. A águia, símbolo maior, virando a pomba do Espírito Santo num andor, seguindo pela passarela do templo do carnaval. Os fiéis da missa, na mais grandiosa festa do mundo, em direção ao altar da praça da apoteose.

Confesso que, enquanto escrevia, os olhos marejavam. A emoção me pegou de jeito. Consegui atender o desejo de Clara, destrançando o nó do óbvio. O samba hoje é, para meu orgulho, o que esquenta a bateria e a garganta do puxador antes da entrada da Portela na avenida."
 (Depoimento de Paulo César Pinheiro)

a letra, para completar o texto:

(Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro)

"Portela
Eu nunca vi coisa mais bela
Quando ela pisa a passarela
E vai entrando na avenida
Parece a maravilha de aquarela que surgiu
O manto azul da padroeira do Brasil
Nossa Senhora Aparecida
Que vai se arrastando
E o povo na rua cantando
É feito uma reza, um ritual
É a procissão do samba
Abençoando
A festa do divino carnaval

Portela
É a deusa do samba,
O passado revela
E tem a Velha Guarda como sentinela
E é por isso que eu ouço essa voz que me chama
Portela
Sobre a tua bandeira, esse divino manto
Tua águia altaneira é o Espírito Santo
No templo do samba

As pastoras e os pastores
Vem chegando da cidade e da favela
Para defender as tuas cores
Como fiéis na santa missa da capela
Salve o samba, salve a santa, salve ela
Salve o manto azul e branco da Portela
Desfilando triunfal sobre o altar do carnaval

10 outubro 2012

Homenagem aos 70 anos vira DVD


Mariene saúda Clara com luz própria em gravação que se escora em hits

Resenha de show - Gravação de DVD
Título: Ser de Luz
Artista: Mariene de Castro (em foto de Rodrigo Amaral)
Local: Espaço Tom Jobim (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 9 de outubro de 2009
Cotação: * * * *

Os dois belos figurinos criados por Wilson Ranieri para Mariene de Castro usar na gravação ao vivo do DVD Ser de Luz dão a pista do tom do show arquitetado dentro da série Clara, ciclo de homenagens a Clara Nunes (1942 - 1983) idealizado pelo jornalista Vagner Fernandes para o Canal Brasil. Criados dentro de linha afro-brasileira, ambos remetem à figura icônica de Clara - inclusive pelo uso de tiaras no cabelo - sem clonar o estilo adotado pela cantora mineira a partir de 1971. A intérprete baiana foi pelo mesmo caminho no show. Embora reverente a Clara, Mariene pôs sua luz própria em várias das 16 músicas lançadas originalmente pela Guerreiraentre 1971 e 1982 em registros fonográficos que permanecem imbatíveis. Baiana boa que gosta da roda, Mariene fez Ê Baiana (Fabrício da Silva, Ênio dos Santos Ribeiro, Baianinho e Miguel Pancracio, 1971) entrar bem na sua roda e foi sagaz ao mergulhar no universo praieiro de O Mar Serenou (Candeia, 1975) com citação da ciranda Sereia. No todo, o show foi luminoso - tanto pela força atemporal de repertório que evoca a vivacidade musical do Brasil mestiço como pela imponente presença cênica e pelo canto caloroso de Mariene. E, curiosamente, um dos momentos mais surpreendentes foi um número de luz intencionalmente reduzida. Majestoso samba de Paulinho da Viola, Coração Leviano (Paulinho da Viola, 1977) bateu em compasso seco, mais interiorizado, condizente com o tom magoado dos versos gravados por Clara com a Velha Guarda da Portela. A propósito, a presença de três pastoras da Portela (Áurea Maria, Neide Sant'Anna e Surica) em números como o samba-enredo Portela na Avenida (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro, 1981) - fecho apoteótico da parte do roteiro dedicada a Clara - acabou ofuscada pela luz irradiada por Mariene no palco. Luminosidade intensa que somente realçou a apatia da participação de Zeca Pagodinho no partido alto Coisa da Antiga (Wilson Moreira e Nei Lopes, 1977). Como diretor musical e líder da banda que incluiu virtuoses como Luís Filipe de Lima (violão de sete cordas), Alceu Maia - em um de seus melhores trabalhos como produtor - procurou sempre dar um toque especial aos arranjos sem quase nunca se desviar do tom das gravações de Clara. Merece menção honrosa a trama de tambores que ressoa ao fim de A Deusa dos Orixás (Romildo e Toninho, 1974), tema afro-brasileiro em sintonia com o repertório habitual de Mariene (que alterou verso da parte final da letra, trocando a palavra 'coroa' por 'fogueira'). O acordeom de Cícero Assis foi um dos toques especiais de vários arranjos, dando - por exemplo - outro tempero a Sem Companhia (Ivor Lancellotti e Paulo César Pinheiro, 1980), tema mais intimista que Mariene entoou sem sua habitual espontaneidade, mote de abordagens de músicas como Guerreira (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1978), músicas mais afins com o universo temático e rítmico da intérprete baiana. Aliás, foi o sanfoneiro que naturalmente puxou o fole em Feira de Mangaio(Sivuca e Glória Gadelha), dando a partida no número forrozeiro. Intérprete que canta também com o corpo, Mariene fez coreografias em boa parte das músicas. Seu gestual dengoso emMorena de Angola (Chico Buarque, 1980) conquistou de imediato a plateia, apesar de o samba ter sido interrompido várias vezes pelo tropeços de Mariene com a letra trava-língua de Chico (tropeços que serão obviamente limados na fase de edição e pós-produção do DVD). Abertura do tributo, Minha Missão (João Nogueira e Paulo César Pinheiro) - número que surtiu melhor efeito ao ser repetido no meio do show -  quase ganhou feitio de oração, ritualizado pelos tambores percutidos por Iuri Passos, Fábio Cunha, Jaime Nascimento, Marcelo Pinho e André Souza. Com batida reverente à gravação de Clara, Ijexá (Edil Pacheco, 1982) reiterou a eventual proximidade entre os universos rítmicos de Clara e Mariene. Assim como Conto de Areia (Romildo e Toninho), número que motivou calorosa participação popular. E, mesmo que o repertório selecionado seja irretocável, cabe ressaltar que o roteiro decepciona ao se restringir aos sucessos de Clara. O cancioneiro da Guerreira inclui grandes e pouco ouvidos temas que se ajustariam bem ao canto e ao universo de Mariene. Jogo de Angola (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro, 1978), Brasil Mestiço Santuário da Fé (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro, 1980), Afoxé pra Logun (Nei Lopes, 1982) e Mãe África (Sivuca e Paulo César Pinheiro, 1982) são somente quatro (dentre os muitos) exemplos de músicas obscuras que bem poderiam ter sido iluminadas pelo canto de Mariene de Castro neste tributo se a seleção tivesse ido além dos hits. Contudo, a julgar pela gravação ao vivo do show apresentado no Espaço Tom Jobim (RJ) em 9 de outubro de 2012, Ser de Luz - o DVD que vai ser lançado em 2013 - é tributo à altura da memória e obra de Clara Nunes, voz imortal do Brasil mestiço.

Roteiro do show em que Mariene celebra Clara é 'best of' da 'Guerreira'

O roteiro de Ser de Luz - show em que Mariene de Castro celebra a obra de Clara Nunes (1942 - 1983), gravado ao vivo em apresentação única que contagiou o público que foi ao Espaço Tom Jobim, no Rio de Janeiro (RJ), na noite de 9 de outubro de 2012 - resultou em best of do repertório da cantora mineira. Todas as 16 músicas do tributo foram sucesso na voz daGuerreira entre 1971 e 1982. Sob a direção musical de Alceu Maia, Mariene de Castro - vista em foto de Rodrigo Amaral - reviveu músicas como Ê Baiana (Fabrício da Silva, Ênio dos Santos Ribeiro, Baianinho e Miguel Pancracio, 1971) em roteiro que teve as adesões de Diogo Nogueira (no samba Juízo Final, de Nelson Cavaquinho e Élcio Soares) e Zeca Pagodinho (no partido altoCoisa da Antiga, de Wilson Moreira e Nei Lopes). Na sequência das 16 músicas gravadas pela cantora mineira, a intérprete baiana abriu a roda para gravar quatro músicas de seu segundo álbum de estúdio, Tabaroinha (2012). A ideia da gravadora Universal Music é que esse setadicional do show vire A Casa da Tabaroinha, extra do DVD Ser de Luz. No fim, Mariene arrematou noite luminosa com Um Ser de Luz (João Nogueira, Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro, 1983), caindo no choro ao reviver o samba feito para Alcione saudar Clara, já gravado duas vezes pela cantora baiana, no CD Tabaroinha e no Sambabook dedicado a João Nogueira (1941 - 2000). Eis o roteiro seguido por Mariene de Castro na gravação do DVD Ser de Luz, parte integrante de ciclo de homenagens a Clara Nunes idealizado pelo jornalista Vagner Fernandes para o Canal Brasil para comemorar os 70 anos de nascimento da Guerreira

1. Minha Missão (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1981) - do álbum Clara (1981)
2. Guerreira (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1978) - do álbum Guerreira (1978)
3. Menino Deus (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro, 1974) - do álbum Alvorecer (1974)
4. Feira de Mangaio (Sivuca e Glória Gadelha, 1977) - do álbum Esperança (1979)
5. Coisa da Antiga (Wilson Moreira e Nei Lopes, 1977) - do álbum As Forças da Natureza (1977)
6. Morena de Angola (Chico Buarque, 1980) - do álbum Brasil Mestiço (1980)
7. Canto das Três Raças (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro, 1976) - do álbum Canto das Três Raças (1976)
8. A Deusa dos Orixás (Romildo e Toninho, 1975) - do álbum Claridade (1975)
9. Juízo Final (Nelson Cavaquinho e Élcio Soares, 1973) - do álbum Claridade (1975)
10. Coração Leviano (Paulinho da Viola, 1977) - do álbum As Forças da Natureza (1977)
11. Sem Companhia (Ivor Lancellotti e Paulo César Pinheiro, 1980) - do álbum Brasil Mestiço (1980)
12. O Mar Serenou (Candeia, 1975) - do álbum Claridade (1975)
13. Ijexá (Edil Pacheco, 1982) - do álbum Nação (1982)
14. Conto de Areia (Romildo e Toninho, 1974) - do álbum Alvorecer (1974)
15. Ê Baiana (Fabrício da Silva, Ênio dos Santos Ribeiro, Baianinho e Miguel Pancracio, 1971) - do LP Clara Nunes (1971)
16. Portela na Avenida (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro, 1981) - do álbum Clara (1981)
Músicas gravadas para A Casa da Tabaroinha, extra do DVD Ser de Luz:
17. A Pureza da Flor (Arlindo Cruz, Dom e Babi, 2006)
18: Filha do Mar (Flávia Wenceslau, 2010)

19. Amuleto da Sorte (Nelson Rufino, 2012)
20. Não Vou Pra Casa (Antonio Almeida e Roberto Riberti, 1941)

21. Um Ser de Luz (João Nogueira, Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro, 1983)

08 outubro 2012

DVD em homenagem à Clara Nunes


SHOWS

4 de outubro de 2012

Mariene de Castro grava repertório de Clara Nunes

A cantora Mariene de Castro gravará o DVD “Ser de Luz”, em homenagem à cantora Clara Nunes (1942-1983), no dia 9 de outubro, no Espaço Tom Jobim (RJ). O projeto é idealizado pelo Canal Brasil e desenvolvido em parceria com a gravadora Universal Music. A apresentação contará com as participações de Zeca Pagodinho e Diogo Nogueira em faixas não reveladas.
Clássicas como “Conto de Areia” (Romildo/Toninho), “O Mar Serenou” (Candeia), “Coração Leviano” (Paulinho da Viola) e “Canto das Três Raças” (Paulo César Pinheiro) são algumas das canções de Clara Nunes que a artista reviverá na gravação. O show ainda contará com músicas de seu próprio repertório, como “Pureza da Flor”(Arlindo Cruz/Jr. Dom/Bia) e “Amuleto” (Nelson Rufino), entre outras.
Mariene será acompanhada no palco por Alceu Maia (cavaquinho e arranjos), Marcos Bezerra (Violão e viola caipira), Luís Felipe Lima (violão de 7 cordas), Israel Ramos (baixolão), Cicinho (acordeão), Iuri Passos, Fábio Cunha, Jaime Nascimento, Marcelo Pinho e André Souza (percussões).
Serviço
Local:Espaço Tom Jobim – Rio de Janeiro
Data: 9 de outubro, às 20 horas.
Ingressos: R$ 60

03 outubro 2012

Procissão do samba em Madureira

"A Procissão do Samba" que Clara Nunes cantava mudou de data: acontecerá no dia 12 de outubro de 2012, uma sexta. A concentração será a partir das 13 horas na Praça Paulo da Portela (próximo à Portelinha) seguindo em direção ao recém-inaugurado Parque Madureira.

Baianas do Filhos de Gandhi farão a lavagem do local e haverá um show com vários artistas, culminando com a grande dama do samba Dona Ivone Lara.

Pede-se que todos compareçam com uma roupa ligada à sua escola de samba de coração ou todo de branco. Os organizadores pedem também que cada participante leve uma vela.

Na organização, entre outros, o músico Bandeira Brasil.
Fonte: Samba-choro