Blog Clara Nunes: janeiro 2015

17 janeiro 2015

Clara Nunes no musical "Chacrinha"


                     (Trecho do espetáculo - Clara Nunes em "Canto das tres raças)

                                Chacrinha, o musical (RJ) Teatro João Caetano 


Stepan Nercessian interpreta o Velho Guerreiro


A volta de Chacrinha


“Chacrinha, o musical” vence o desafio somente porque aposta no certo. Com texto de Pedro Bial e de Rodrigo Nogueira, direção musical e arranjos de Delia Fischer e com direção geral de Andrucha Waddington, a nova grande produção da Aventura Entretenimento oferece ao público o esperado: a alegria caótica do “Cassino do Chacrinha”. A justaposição de sucessos da música popular, a boa imitação de Stepan Nercessian para o Velho Guerreiro, o cenário e o figurino colorido e as coreografias das 14 “Chacretes” garantem o divertimento do público que há de continuar lotando o Teatro João Caetano, no centro do Rio, até março de 2015. É um sucesso que deve ser visto e aplaudido sem preconceitos, mas que, sem dúvida, pode gerar reflexão.

Se o teatro carioca ainda não entendeu, já deveria ter entendido que o mal das dramaturgias de musicais biográficos é menos dos dramaturgos contratados e mais das autorizações das biografias. Em todos os espetáculos desse tipo, os descendentes parecem ter barrado qualquer crítica mais profunda ou suposição mais criativa acerca da vida dos homenageados. Ou seja, a falta de um conflito realmente consistente que embase a luta de forças opostas superficializa as narrativas na medida em que enche de responsabilidade o simples desenrolar linear dos fatos das vidas públicas dos homenageados. Quase não se falam em drogas nas peças sobre Elis Regina e sobre Cássia Eller. Tim Maia é vítima do alcoolismo e Cazuza da AIDS. Não há sexo nos musicais sobre Agnaldo Rayol, Clara Nunes, Emilinha e Marlene, Marlene Dietrich e sobre Clementina de Jesus e assim por diante.

http://teatrorj.blogspot.com.br/2014/11/chacrinha-o-musical-rj_24.html

15 janeiro 2015

Clara e Paulo Gracindo

O Segredo dos Bares - Paulo Gracindo e Clara Nunes

PAULO GRACINDO, LUIZ DE MIRANDA E CLARA NUNES, nos bares de Porto Alegre em 1974

Certa vez, em 1974, chegava em Porto Alegre o espetáculo BRASILEIRO, PROFISSÃO ESPERANÇA com crônicas e músicas de Antônio Maria. Um espetáculo sublime e inesquecível com Clara Nunes e Paulo Gracindo. Eu era amigo de Clara desde 1970, e sempre que vinha à cidade saíamos por um roteiro boêmio. Quando fui buscá-la nos camarins do Teatro da Ospa, Paulo Gracindo falou: