CULTURA
Clara Nunes para sempre
Fotos, reportagens, documentos, discos de ouro, santos, colares e vestidos imortalizam a cantora em memorial
Guerreira. Este poderia muito bem ser o sobrenome da família de Clara Francisca Gonçalves, a Clara Nunes (1942-1983). A começar pela história da irmã mais velha e madrinha da cantora, Maria Gonçalves da Silva, conhecida como dona Mariquita, hoje com 81 anos. Em 1948, ela, com 17 anos, e o primogênito José Pereira Gonçalves tiveram que assumir a criação dos irmãos, órfãos de pai e mãe. Dona Mariquita precisou ser emancipada para virar a mãe dos pequenos.
Família guerreira, que teve forças para seguir em frente, diante de tantas dificuldades. E agora, 29 anos depois da morte de Clara Nunes, dona Mariquita finalmente vai conseguir realizar um sonho: ver o acervo da irmã famosa, guardado por tanto tempo, ganhar um memorial. “Eu mesma limpava tudo, colocava para tomar sol, cuidava com muito amor”, revela. E não é qualquer museu: são mais de 6 mil peças que contam a história da cantora, que completaria 70 anos no dia 12 de agosto. Para conhecer de perto tanta riqueza, a reportagem da Viver Brasil passou um dia inteiro em Caetanópolis, onde Clara Nunes nasceu e viveu até os 16 anos.
O Memorial Clara Nunes custou a sair do papel por falta de verba, mas a ideia existe desde que a intérprete ganhou, em 1960, a fase mineira do concurso A Voz de Ouro ABC e ficou em terceiro lugar na etapa nacional. A partir daí, a carreira deslanchou: ela assinou contrato com a Rádio Inconfidência, de Belo Horizonte, e chegou a ter, em 1963, um programa na TV Itacolomi.
O prêmio do concurso foi uma vitrola, que Clara deu para a Dindinha (dona Mariquita) cuidar, caso um dia existisse museu com o nome da artista. E foi o que a irmã-mãe fez durante todos esses anos. Juntamente com a vitrola, foram cuidadosamente guardados vários outros materiais, muitos deles juntados pela própria Clara e pelo marido, Paulo César Pinheiro: fotografias, matérias de jornais e revistas, documentos pessoais, discos de ouro, santos, colares, vestidos, sapatos, bolsas, objetos de decoração...
Ao todo, são 6.100 peças, catalogadas por uma equipe da Universidade Federal de São João del Rei. À frente do grupo, está a pós-doutora Silvia Maria Jardim Brügger – autora do trabalho Canto do Brasil mestiço: Clara Nunes e o popular na cultura brasileira –, que é apaixonada pela artista desde a adolescência e tomou conhecimento da história da dona Mariquita. Desde 2002, Silvia e o marido, o professor e filósofo Josemir Nogueira Teixeira, viajam para Caetanópolis para catalogar o acervo. A partir de um projeto de extensão da universidade foi feita a restauração de peças, como santos, fotos e prêmios. “Não sabíamos o que era o acervo, os objetos, a quantidade. Tivemos que catalogar as peças, restaurar algumas, higienizar e acondicionar da forma mais próxima do ideal. Foi quando esbarramos na falta de espaço e começaram a surgir projetos (um sobrinho da cantora doou a casa ao Instituto Clara Nunes para abrigar o memorial). Agora, as coisas estão se concretizando”, afirma Silvia.
Em 2005, o historiador Marlon de Souza Silva entrou para a equipe, começou a cuidar do acervo e, agora, é o curador. Ele explica que, como são muitos objetos, é impossível expô-los de uma única vez. Por isso, as mostras serão temporárias. A primeira delas, que será aberta ao público no dia 12 de agosto e ficará em cartaz por cerca de seis meses, traz a história da artista, desde o início da carreira até os últimos shows. “A vitrine com os objetos foi toda montada de trás para frente. São roupas que marcaram em determinados períodos, troféus, capas dos 16 discos, fotografias, lembranças de viagens. O espaço também terá sala audiovisual, com fotos e depoimentos, e som ambiente, com músicas perpassando toda a carreira da Clara.”
No espaço, o visitante poderá ver de objetos emblemáticos, como a tiara de conchas, até os mais desconhecidos do público, como a bandeira de folia de reis, que era do pai de Clara, Manoel Pereira de Araújo. Segundo Silvia, foi a própria cantora quem se preocupou em resgatar a bandeira. “Ela tinha um valor afetivo pelo objeto e pelo universo da cultura popular.”
A pós-doutora acrescenta, ainda, que a exposição vai mostrar curiosidades, como roupas e músicas do início da carreira. Por exemplo, antes de ser conhecida, Clara Nunes cantava música romântica, como bolero. O gosto pela arte está no seio da família. O pai dela era considerado um exímio violonista. Irmãos participavam de atividades teatrais e musicais. “Ela nasce nesse universo artístico, tem uma vivência da música que também fazia parte da cidade. Essa experiência é cada vez mais intensa nela. O processo se consolida em Belo Horizonte e chega ao auge no Rio de Janeiro”, explica Josemir Teixeira. A paixão dele e da mulher pela cantora é tão grande, que a filha do casal recebeu o nome de Clara. “Foi mesmo uma homenagem. Nossos filhos ouvem Clara Nunes porque queremos que eles tenham cultura popular. Ela não é um acaso: é uma cantora que descobriu como vivenciar nossa brasilidade”.
Além do memorial, Caetanópolis vai abrigar também o Espaço Cultural Casa da Clara. A secretária de Cultura do município, Marilene Araújo, adianta que a casinha simples da rua Coronel Vítor Mascarenhas, onde a artista morou quando criança, será revitalizada e transformada em uma espécie de museu para contar a história da Clara na infância e adolescência. “O memorial tem o acervo da obra artística. Já o Espaço Cultural Casa da Clara vai ter o que antecede a isso: a família dela, a máquina de costura da dona Mariquita, em que foram feitos os primeiros vestidos da Clara, a reprodução dos móveis e as brincadeiras da época”, explica Marilene. O projeto, que vai custar cerca de 250 mil reais, aguarda verba do Fundo Estadual de Cultura.
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Viagem ao passado
Não dá para falar da mineira Clara Nunes sem voltar ao passado. A cantora nasceu em 12 de agosto de 1942 em Caetanópolis – ex-Cedro, então pertencente ao município de Paraopeba –, a 96 quilômetros de Belo Horizonte. Caetanópolis é uma daquelas cidadezinhas do interior em que as pessoas se conhecem há tempos, se cumprimentam, se abraçam, tomam café com queijo minas na mesa da cozinha.
A irmã Mariquita, que criou a artista desde pequena, lembra que “Clara já nasceu cantando”, mas não pensava em ser famosa. “Ela era muito alegre e habilidosa. Adorava trabalhos manuais. Também gostava de estudar, mas teve que parar quando começou a trabalhar, aos 14 anos, assim como os irmãos.” Foi dona Mariquita quem fez os primeiros vestidos da caçula, na máquina antiga que continua guardada em um quartinho da casa. “Ela escolhia os modelos. Tinha muito bom gosto”, ressalta. Um deles foi usado pela irmã no primeiro show, no antigo prédio da Cohab, que abriga hoje a Casa de Cultura Clara Nunes.
A aposentada Margarida Maria Pereira do Prado, hoje com 68 anos, foi contemporânea de Clara Nunes na Escola Municipal Coronel Caetano Mascarenhas, e fala da artista com emoção. Os olhos chegam a lacrimejar. As duas estiveram bem próximas na Cruzada Eucarística, um movimento católico que se iniciava logo depois da primeira comunhão. “Ela cantava no coral da Cruzada. Eu fazia questão de ficar bem perto para as pessoas acharem que eu que cantava daquele jeito tão lindo. Nas coroações, era uma beleza. A gente ficava encantada”, conta dona Margarida, lembrando da época em que tinha 7 anos de idade.
E as lembranças continuam a voar longe: “Em frente à casa da dona Mariquita tinha a trepadeira alamanda e a flor bonina. Dos botões da trepadeira, Clarinha fazia unhas postiças. A flor era amarelinha, e nem precisava pintar as unhas. Das boninas, fazia colares e tiaras, encaixando uma flor na outra. Clara tinha toda a criatividade do mundo.” Era assim, toda enfeitada, que a pequena Clara, com 9 anos, rodava a saia de chitão da irmã e saía cantando, contagiando todos. Uma das brincadeiras preferidas era o bailado, em que a cantora mirim se enfeitava e ensinava às amiguinhas trabalhos manuais, como colares, pulseiras e tiaras, e passos de dança. Ela sempre ficava no centro da roda, interpretando marchinhas de Carnaval e músicas de cantoras que estavam no auge na época, como Angela Maria.
“Tive o privilégio de ver isso ao vivo, quando ela era criança, porque, quando ficou famosa mesmo, não tive oportunidade. Fui apenas a um show dela, no Palácio das Artes, em 1977, se não me engano. sClara me apresentou ao cantor João Bosco como uma amiga de infância. Ela sempre vinha à cidade para passar o Natal com a família e acompanhar as pastorinhas. Gostava de estar conosco, com a família e os amigos”, diz dona Margarida. O último encontro das duas foi em 1982, também na época de Natal. “Eu me lembro de uma manicure pintando as unhas da Clara para ela ir à Bahia, onde ia gravar com o grupo Filhos de Gandhi.”
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Tanta formosura não passava despercebida. O irmão de Margarida, Vicente Aurélio Aguiar, 70 anos, confessa que teve amor platônico por Clara Nunes, de quem foi colega de sala no segundo ano primário. “Ela era simples, muito alegre, com um sorriso que não deixava de chamar atenção. Eu ficava na sala, olhando para ela, admirando. Simplesmente me encantei pela Clara, mas a gente não tinha uma interação. Só ficava mais perto dela quando íamos para o pátio cantar o Hino Nacional”, lembra o aposentado.
Avesso à religião, Aguiar só entrou para a Cruzada para ficar admirando a dona daquela beleza toda. E o padre acabou “dando uma forcinha”, já que criou o costume da reza, de segunda a sexta-feira, das 18 às 19 horas. “Depois da reza, tinha o footing. Os meninos ficavam na praça da igreja vendo as meninas andando de um lado para o outro. Eu ficava ali até 21 horas, esperando a Clara ir embora para casa.”
O contato maior foi só na adolescência, quando um amigo começou a namorar a cantora. Um dia, Aguiar teve coragem e contou para a bela que havia sido apaixonado por ela. “Clara riu muito e me perguntou por que eu não havia lhe contado. Eu disse que não tive coragem, que sofria muito e que fiz até novena para ela olhar para mim.” O tempo passou, cada um seguiu seu rumo, casou, mas o senhorzinho nunca deixou de admirar a estrela. “Muitos anos depois, em 1974, eu estava no Rio de Janeiro, a trabalho, e vi que a Clara ia apresentar, no Canecão, o show Brasileiro, profissão esperança. Fui ao espetáculo e me emocionei muito. Tinha tomado umas cervejas e, depois do show, fui até o camarim. Foi o nosso reencontro de amigos. Nós nos abraçamos e choramos. Daí para frente, até a morte dela, nos encontrávamos no Natal, em Caetanópolis”, diz, emocionado. Tanta admiração está estampada em um pôster da cantora pendurado na sala do apartamento do aposentado.
A família da funcionária pública Maria Aparecida Teixeira, 65 anos, também tem histórias para contar. O pai dela, Francisco Teixeira da Silva, 85, conheceu a família de Clara Nunes. Silva era amigo e colega de trabalho do pai da cantora. Os dois trabalhavam na tecelagem de Caetanópolis. Quando dava tempo, tocavam violão e faziam serenata. “Ele gostava de cantar, mas não tinha tempo. A gente trabalhava de sol a sol. Eu era carpinteiro, e ele, serrador”, lembra Silva. Maria Aparecida diz que acompanhava Clara cantando no grupo de pastorinhas e nos concursos de música realizados no município. “Ela cantava muito bem e chamava a atenção de todos na cidade. Depois que foi para Belo Horizonte, a gente a ouvia no programa de rádio. Tinha certeza de que ela ia fazer sucesso”, destaca Maria Aparecida.
Apesar de não ter conhecido Clara Nunes viva, Fernando José Soares Mascarenhas, 30 anos, é uma enciclopédia ambulante da artista. “Passei a gostar da cantora em 1996, ao ver uma entrevista dela na TV Cultura. Comecei a estudar a história e a colecionar jornais e revistas com notícias sobre a Clara. Em 2004, ganhei de presente a sua discografia, de 1966 a 1982.”
De volta a Belo Horizonte, não poderia deixar de ouvir o depoimento do músico e compositor Jadir Ambrósio, 89 anos, autor do hino do Cruzeiro. Foi ele quem convenceu Clara Nunes a cantar, ainda adolescente, em rádios de BH. “Eu a vi cantando em uma festa da igreja do bairro Renascença. Quando ouvi aquela menina, eu falei: que voz é essa?. Vi que seria um fenômeno.” Seu Ambrósio diz que sempre escuta os discos da artista. E garante que a ouviu cantando, em sonho, uma música que ele fez recentemente: “Olha eu aqui de novo. Voltei porque senti muita falta do meu povo”.
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Festival
Pelo sétimo ano consecutivo, Caetanópolis realiza o Festival Cultural Clara Nunes. Nesta edição, que acontece de 4 a 19 de agosto, na praça Antonino Pinto Mascarenhas e na Casa de Cultura Clara Nunes, o público poderá ouvir atrações como Elba Ramalho, Benito di Paula, Almir Sater, Velha Guarda da Portela, Magnatas do Samba, Samba de Comadre e Cida Mendes. Um dia é dedicado à artista maior da cidade e ícone nacional.
O prefeito Romário Vicente Alves Ferreira afirma que o evento é responsável por trazer à tona a memória da Clara Nunes. “Desde criança, a gente ouvia falar da artista, mas não tinha noção do que significava ter uma conterrânea famosa. Quando me tornei prefeito, a então secretária de Cultura Adriana Andrade teve a ideia de fazer o festival para resgatar a memória da Clara. No último dia do primeiro festival, em 2006, pensei que o projeto poderia dar certo se houvesse investimento. Foi o que aconteceu, e o evento foi crescendo a cada ano. Agora, as pessoas daqui têm orgulho de falar que são da terra natal de Clara Nunes.”
O sucesso está estampado em números: enquanto a primeira edição reuniu cerca de 500 pessoas, a última contou com a presença de mais de 20 mil, de várias partes do país, pouco menos que o dobro da população de Caetanópolis, de 11 mil habitantes. “A cidade quase não comportou tanta gente. Agora, com o Memorial, queremos abrir uma porta para o turismo cultural”, diz o prefeito. Segundo ele, a proporção que o festival tomou no ano passado era prevista para ocorrer somente na 12ª edição.
7º Festival Cultural Clara Nunes
CASA CULTURAL CLARA NUNES
4 de agosto
20 horas: apresentação da peça teatral “Concessa Pendura e Cai“, com Cida Mendes
5 de agosto
20 horas: Coral Vozes, sob a regência do maestro Valdomi Nascimento
6 de agosto
20 horas: apresentação da peça teatral “Surpresa na TV”, com direção de Marcos Aurélio e Junia Gabriela
7 de agosto
20 horas: Coral Juvenil Inhotim Encanto, sob a regência do maestro Daniel Andrade
8 de agosto
20 horas: Mostra de Dança do Ventre, com a Cia. de Dança do Ventre Najma Laila
13 de agosto
20 horas: Projeto Travessia, com “O Diário de Viagem”, direção de Josiane Camilo
14 de agosto
20 horas: Oficina de Danças da Casa de Cultura Clara Nunes, com o coreógrafo Robson Bernardino
15 de agosto
20 horas: 6ª Mostra de Música Instrumental, com pré-lançamento do CD “Brasilidade”, de Leandro Ruas
16 de agosto
9 e 14 horas: Contação de História, com Tio Têto e sua turma
PRAÇA MATRIZ
5 de agosto
10 horas: Capoeira na Praça, com direção de Graduado Preto
9 de agosto
20 horas: shows de Suellen Franco e Leandro Ruas, e Fernando Augusto
10 de agosto
20 horas: Projeto Cordas & Cia – 100 Anos de Luiz Gonzaga
11 de agosto
19 horas: Shows de Márcio Guima, Magnatas do Samba, Benito di Paula e Banda Entretanto
12 de agosto
10 horas: Adelzon Alves – MPB de Raiz – Homenagem à Clara Nunes
19 horas: Shows de Rose Brant, Velha Guarda da Portela, participação especial Toninho Nascimento, Samba de Comadre
16 de agosto
20 horas: Shows de Marcos Bruzinga e Banda, Lígia Cabral e Banda
17 de agosto
19 horas: Cia. Lian Gong para Melhor Idade, Cia. de Dança do Ventre Najma Laila, Grupo Negras Raízes de Clara Cia. Batuque de Dança, Equipe Dança de Rua - Free Step, Cia Municipal de Dança de Paraopeba, Jongo da Serrinha, Banda Quorum
18 de Agosto
20 horas – Shows de Marcos Bruzinga e Leandro Ruas, Roda de Samba do Compadre Washington, Almir Sater, Banda K22
19 de Agosto
10h30 – Concerto Orquestra Jovem V&M do Brasil e Comunidade do Barreiro
13 horas – Show de Fabio Augusto
20 horas - Shows de Suellen Franco, Elba Ramalho e Banda Paranexo
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VIDA E OBRA
Fonte: Silvia Maria Jardim Brügger, no artigo O povo é tudo!: uma análise da carreira e da obra da cantora Clara Nunes, e historiador Marlon de Souza SilvaProgramação do memorial
11 de agosto
16 horas: inauguração, com performance da Cia. Municipal de Dança de Paraopeba – Entre mares e areias, coreografia de Alan Keller
12 de agosto
Das 10 às 16 horas: exposição do acervo de Clara Nunes, aberto à visitação pública, com ingresso a preço popular
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6 comentários:
Olá gostaria de saber se a memorial ficará aberto à visitação pública sempre. o só o 11 e 12 de agosto?.
a gente tá indo a brasil no outubro e gostaria de chegar até caetanopólis pra visitar o memorial. a gente e fá na argentina , da saudosa clara
Obrigado
Meu Deus! Vamos receber os visitantes com a casa desarrumada. Onde está a bela praça onde Clara Nunes fez o "footing", ouviu a Euterpe Santa Luzia a tocar? Não está lá. O coração foi arrancado do peito; e ainda sangra...
E ainda por cima COBRAM INGRESSO!!!
E ainda por cima COBRAM INGRESSO!!!
De hoje em diante,não tomaremos conhecimento de anônimos que não se identifiquem.
Caso postem como "anônimo",as pessoas de bem farão o favor de se identificarem.
Aos educados, responderemos oportunamente.
Ao (a) que reclama do simbólico ingresso,é só não ir que estará economizando!
Revela falta de cultura e traquejo social, pois não sabe ( não sabe?) que em todos os museus,memoriais,etc. é solicitada uma pequena contribuição.
Está dada a resposta.
Por favor,não volte com lenga-lenga
O BLOG CARANUNESVOZDEOURO AGRADECE
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