Jornalista carioca que escreve sobre música desde 1987, com passagens em 'O Globo' e 'Bizz'. Faz um guia para todas as tribos
Clara Nunes é enfocada pela lente do amor maternal da irmã 'dindinha' em livro de memórias familiares
Escrita sem rigor cronológico, narrativa oferece visão extremamente pessoal e afetuosa da vida pré-fama da cantora mineira.
Resenha de livro
Título: Clara Nunes nas memórias de sua irmã Dindinha Mariquita
Autores: Maria Gonçalves da Silva e Josemir Nogueira Teixeira
Editora: Jaguatirica
Cotação: * * 1/2
♪ Treze anos após a edição da reveladora biografia Clara Nunes – Guerreira da utopia (2007), escrita por Vagner Fernandes sob a ótica da imparcialidade jornalística, surge outro livro sobre a cantora mineira nascida com o nome de Clara Francisca Gonçalves (12 de agosto de 1942 – 2 de abril de 1983).
Lançado neste primeiro semestre de 2020, Clara Nunes nas memórias de sua irmã dindinha Mariquita oferece recorte literalmente mais familiar da artista. Trata-se de relato afetuoso de Maria Gonçalves da Silva (29 de janeiro de 1931 – 10 de maio de 2017), a Dona Mariquita, irmã mais velha da cantora que assumiu o papel de mãe na criação de Clara a partir dos quatro anos de idade da menina, órfã de mãe e pai já na infância.
Dindinha – como Dona Mariquita era carinhosamente chamada por Clara – morreu há três anos sem ter visto editado o livro que idealizara em 2006, mas tendo tido tempo de aprovar a organização final do texto assinado com Josemir Nogueira Teixeira.
Estruturado, revisado e formatado por Josemir para o livro viabilizado pelo Instituto Clara Nunes, o relato em primeira pessoa de Dona Mariquita foca Clara pela lente do amor maternal em narrativa estritamente pessoal, construída sem rigores biográficos, sem objetividade jornalística e sem a intenção de soar imparcial.
Com fotos raras do acervo da família, pesquisadas e selecionadas por Marlon de Souza Silva, o livro perpetua o jorro reverente das memórias de Dona Mariquita, imprecisas como, a rigor, são todas as memórias baseadas nas impressões capturadas (e editadas) pela mente humana.
Escrito com moderada fluidez, na primeira pessoa, o texto expõe fragmentos da vida e da família de Clara Nunes. Sem rígida cronologia, a autora conta passagens das vidas dos pais e dos irmãos (não somente de Clara), contextualizando a origem familiar e social da irmã que ganharia projeção na década de 1970 como uma das mais luminosas cantoras da história da música brasileira.
O nascimento de Clara – sétima filha de família numerosa – é assunto do sétimo dos 38 capítulos do livro, mas, antes de entrar nesse assunto, a narrativa já fala de ida do compositor Paulo César Pinheiro à cidade mineira de Cedro (atualmente Caetanópolis), terra natal de Clara, de quem Pinheiro foi marido e produtor de álbuns relevantes da cantora em conexão profissional iniciada com o disco Canto das três raças (1976), um ano após o casamento.
Nesse vaivém do tempo do relato de Dona Mariquita, a narrativa salpica detalhes da vida pré-fama de Clara, como o fato de ela ser “namoradeira” (nas palavras da autora) e como a aflorada vaidade adolescente da mineira louca por roupas, sem atenuar a impressão de que, sobretudo na primeira metade, o texto parece estar mais centrado no cotidiano da família Gonçalves do que na vida em si de Clara.
A bem da verdade, o relato de Dona Mariquita precisava ser editado com maior rigor. A narrativa do capítulo 20, por exemplo, resulta confusa para quem desconhece previamente o fato de que, em 3 de setembro de 1957, um irmão da cantora, José Pereira Gonçalves, conhecido como Zé Chilau, matou a facadas Adilson Alvarez da Costa, jovem de 17 anos que cortejava Clara. A alegação do crime foi a “defesa da honra” da então adolescente irmã Clara. No livro, Mariquita revela o que acredita ser o desfecho feliz do caso, com a suposta reconciliação de Adilson e Zé Chilau no plano espiritual.
A partir do capítulo 22, o relato de Mariquita se concentra em impressões sobre fatos curiosos dos bastidores da vida profissional da irmã cantora, como a ida do médium mineiro Chico Xavier (1910 – 2002) a uma apresentação do show Brasileiro, profissão esperança (1974), por exemplo.
São causos narrados com ralo senso crítico e sob ótica pessoal, o que paradoxalmente valoriza o livro sem torná-lo exatamente relevante e muito menos indispensável para quem já adquiriu a biografia de 2007, essencial para a compreensão da trajetória luzidia de Clara Nunes.
Em essência, o livro Clara Nunes nas memórias de sua irmã dindinha Mariquita imortaliza o amor de uma mãe-irmã por uma filha.
3 comentários:
“Muito engana-me, que eu compro”
Enquanto o PT© tentava destruir o manezão do FHC diariamente, surgia por trás e, sorrateiramente, Bolsonaro!
E o PT, hein?, aquela coisa desgraçada.
E a Copa do Mundo no Brasil, hein? Em vez de se construir hospitais, construiu-se prédios inúteis.
“Muito engana-me, que eu compro”
E o PT®? Qual o poder constante de sua propaganda ininterrupta?
Eis:
Vive o PT© de clichês publicitários bem elaborados por marqueteiros. Estilo do brilhante e talentoso João o Milionário Santana. Nada espontâneo.
Mas apenas um frio slogan (tal qual “Danoninho© Vale por Um Bifinho”/Ou: “Skol®: a Cerveja que desce Redondo”/Ainda: “Fiat® Touro: Brutalmente Lindo”). Não tem nada a ver com um projeto de Nação.
Eis aqui a superficialidade do PETISMO:
0.“Coração Valente©”
1.“Pátria Educadora™” [Buá; Buá; Buá].
2.“Pronatec©”
3.“A Copa das Copas®”
4.“Fica Querida©”
5.“Impeachment Sem Crime é Golpe©” [lol lol lol]
6.“Foi Golpe®”
7.“Fora Temer©”
8.“Ocupa Tudo®”
9.“Lula Livre®”
10.“®eleição sem Lula é fraude” [kuá!, kuá!, kuá!].
11.“O Brasil Feliz de Novo®”
12.“Lula é Haddad Haddad é Lula®” [kkkk]
13.“Ele não®”.
14.“Minha Casa, Minha Vida©”
15.“Saúde não tem preço®”
16.“Haddad agora é verde-amarelo®” [rsrsrs].
17.“Rede cegonha©”
18.“LUZ PARA TODOS™” (kkk).
19. (…e agora…): “Ninguém Solta a Mão de Ninguém©”
20.“Água para todos©” (é mesmo?)
21.“Mais Médicos®”
22.PT = “Controle social da mídia" [™] (hi! hi! hi!): desejo do petismo.
23.“Brasil Carinhoso©” [que momento açucarado].
24.“Bolsa Família®”
25.“SKOL®: a Cerveja que desce RedondO”.
PT© é vigarista e aderente ao charlatanismo.
Vive de ótimos e CALCULADOS mitos publicitários.
É o tal de: “me engana que eu compro”.
Produtos disfarçados, embalagens mascaradas e rótulos mentirosos. PT™!
Nós todos apreciamos consumir alguma coisa, com certa constância. Então isso seria bom... Mas não nesse caso. PT™ é uma farsa, um simulacro.
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